Moradores denunciam irregularidades nas contas d’água em Paracambi
Moradores e comerciantes de Paracambi têm enfrentado dificuldades com contas de água que, em alguns casos, triplicaram de valor de um mês para o outro. O problema afeta principalmente estabelecimentos comerciais, que relatam cobranças incompatíveis com o consumo real, além de falta de explicações por parte da concessionária responsável.
Um dos relatos aponta para erros no registro de contas e descaso da empresa ao lidar com a população. “Tem contas no nome de uma pessoa, mas quando puxa o arquivo, aparecem no CPF de outra. Eles não souberam me explicar isso. Já entrei com uma ação na Justiça contra a concessionária. Eles não fazem vistorias nem verificam por que houve alteração no valor”, afirmou um comerciante local.
Segundo ele, a situação prejudica o comércio da cidade: “Essas contas são de uma loja pequena, com apenas uma cozinha e um banheiro. Não há justificativa para vir um valor tão alto. Isso desanima quem quer abrir um negócio, com medo de problemas com consumo e gastos”.
Gestão municipal criticada
Moradores também criticam a postura da prefeitura, que, segundo relatos, tem se mostrado omissa diante dos problemas. “O atual governo participou do leilão da concessionária e deixou a população desamparada. Não há audiências públicas para discutir as obras e as mudanças no serviço. A empresa faz o que quer na cidade”, desabafou o mesmo morador.
A insatisfação se agrava com a falta de fiscalização e o “jogo de empurra” entre a empresa e o poder público. “A concessionária joga a culpa na prefeitura, e a prefeitura devolve para a empresa. Ninguém resolve nada, e o consumidor é quem sofre”, concluiu.
Medidas judiciais e demandas
Alguns moradores e comerciantes têm buscado a Justiça para contestar os valores das contas e cobrar ações mais efetivas. Eles também pedem maior transparência nas ações da concessionária, como a realização de audiências públicas para debater os serviços prestados e as obras em andamento.
Procurados pela reportagem, a concessionária e a prefeitura ainda não se manifestaram sobre as denúncias dos moradores.
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